vento de salina
desértica nos olhos
com avidez de
alma em sequidão
- há muito o
amor se fez descolorir
deixou de respirar vida
mas ele é surpreendente bebida
irriga a si
próprio
brota longa
haste de qualquer chão
faz sorrir ácidos
lábios
ergue-se
irrompendo a mais biliar solidão
dança
dunas áridas
arromba
grades
picha muros
sobe pelas
paredes
quando menos
se espera
nos acorda
suavemente
ao dorso se lança
ao dorso se lança
exalando
aromas amorosos
lacrimejando
sutis prazeres
e de sangue
tinge a borda
que melhor palavra
escreveria na tua boca
a derramar-se adentro já no primeiro gole de
vinho?
teu nome,
meu amor
meu docinho
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