olha-me
ainda dobro as asas que me levam a ti
e melancólico eu vou até que me rende
de tão triste tristonho morrer
qual sonhei
donde trazes violinos eu voei
mais que do céu relampeou
mil vezes cair
e não me viste
nos olhos
mentir
te pertenci
desde que me encantou
com seu jazz nosso jazz com jeito de blues
donde não parecia a nenhum de nós
que tudo acabaria em vão
nem mais um
nem mais a nossa bossa nova ouvir ao longe
dois pra lá dois pra cá de bem mais perto
teu rosto de novo
me feriste
de morte
amor
te pertenci
desde que me entoou
com esta voz e ao redor tudo mudo
donde não parecia a nenhum de nós
que tudo acabaria em vão
nem mais um
nem mais a nossa bossa nova ouvir de longe
e tremer nas pernas um tango leve
um samba canção
me feriste
de morte
amor
e
de
tão triste
vou morrer
de
amor
11 comentários:
Quem se sente cúmplice deste blog comete comigo de vez em quando um atrevimento com algumas músicas. Faço poemas para elas.
São canções que marcam muito e o que tento dizer é exatamente o que elas representam para mim.
Neste caso, minha filha Laís mandou no início deste ano esta gravação, de 1964, que não conhecia. Eu estava muito apaixonado
e canção realmente me envolveu neste mistério da entrega total a um grande amor.
Ah! Mas nós, delituosos assumidos, sabemos como são as coisas do coração. E a linda voz da Sarah Vaughan dando corpo,
alma e encantamento a Misty, de Johnny Burke e Jimmy Van Heusen, passou a ferir profundamente, desbotando a vida.
Só agora encaro esta emoção de frente e sem chorar.
Se quiser arriscar, acompenhe o poema com a melodia. Não é tradução... é transfusão, numa emocionada e fecunda semeadura,
num terreno adubado de lágrimas. Quem sabe não brota aí - e aqui também, claro - um novo grande amor?
Muito bacana essa parceria de música e poesia! E o romantismo sempre que aqui venho...
Beijos,
Lindimais da conta...
Oi Tânia, é uma entrega a paixões antigas
e este é um poema que vira várias páginas
ah... é bom abrir o ver
so novamente rsrsr
abs
Ma, obrigado minha amiga...
que a poeia continue vindo de onde nunca nada acaba em vão
abs
véio, de torar
abraço
quando os olhos não mentem
semeiam vida
brota amor
obrigado Assis
Adorei, e achei delicadíssimo... Cheguei a imaginar como música!
Obrigado Eloy...
entre e fique
a casa é sua
abração
Lindo poema. A Interface com a música trouxe muito sentimento, mano. Parabéns! Abraços.
destas loucuras que costumo fazer
puro atrevimento kkk
abs mano Bispo
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