no incrível céu de Barretos. |
quando
o tempo fecha em teus olhos
é assim
espantosa lua diurna
sem
nuvens de moldura
e
se isso for se
se
estiver por um fio
(sombras
que caem
como
o não
com seu frio)
o
tempo a frente já
não ajuda
-
nunca nos resgata
adiante
como
antes
sós
dragões
borboletas
e
eu nem o crio
isso
de não sei
de não mais
de não saber dizer o que o coração sente
a
cidade sequer cheira
nem
ecos de passos
de
pássaros
- a
morte sequer estreita
(ou
a mim
como
ao fim de tudo
há o fim de tudo)
isso não se chama se
ou sim
o
não for o fim
de
tudo em que cri
o
não por um fim
o
sol por um triz
a
lua que se diz gris
- e
se eu disser se
diria também
fim?
você
dorme
não
sei
não
há mais
- para
mim -
de
tudo
um fim
3 comentários:
este "se" é uma achado poético, maravilha
abraço
a despeito deste se
e do tempo afrente
que nos é senhor de si
abs
Assis
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