em tua voz o
fascínio floresce mais
os letreiros
cantam: fica!
de sons de
máxima cor
sonhamos inimagens
sondas
olhares em suaves ondas
ideias
estéreis
artificiais
que jardim é
esse ao redor?
nada mais cresce
nenhum abraço
colo calor
um beijo de
boa noite sequer
a voz
insiste: fica!
e o tempo
passa e enruguece
praga que pela
a pele
a terra
fenece
sem porquê
sangra
resseca enrudece
e a bela ainda
mais se oferece: fica!
sozinha
que - se -
nos - abandona
erva daninha
mas, não
não mesmo
agora
poemar é desasozinhar-se
poemar é desasozinhar-se
portanto, cato
o controle da tevê
e digo: não fico!
parece
mas, na
serra
não está só
a flor do ipê
4 comentários:
o tempo e suas pequenas maldades, marquinho.
sim, claro, o poema nos povoa.
a imagem do ipê, acompanhado, deixa a serra ainda mais bela.
beijão, poeta.
ah poema, este, e tudo o que nele se amplia, desasozinhar-se: conjugo:julgo o jugo
abração
manuvéi
há um monstro sufocante
ocupando cabeças
vorazmente
comendo o tempo da gente
só a poesia para nos libertar
abração Beto
ao poemar
nossa mais extrema
e contraditória
humanidade
abração Assis
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