Paulo Vieira - figuras sentadas 003 (detalhe)
que se esvai abandonando-se
dedos frouxos na tramela
trêmula retina
janela sem marquise
(o que pode herdar esta noite dos dias de sobra que não se viram guardar?)
e nas correntes do vento empurradas pela tempestade
desencadear-nos-emos em milagres miragens
e recatadamente
reinarás - templo portal do tempo
estranhado nos olhos
dedos frouxos na tramela
trêmula retina
janela sem marquise
(o que pode herdar esta noite dos dias de sobra que não se viram guardar?)
e nas correntes do vento empurradas pela tempestade
desencadear-nos-emos em milagres miragens
e recatadamente
reinarás - templo portal do tempo
estranhado nos olhos
8 comentários:
Lindo poema!
Impressionante, a imagem!
"janela sem marquise" - isso é poesia em primeira instância.
Beijo, mano!
Mirze
como diria Djavan: só eu sei as esquinas porque passei. milagres miragens/estranhado nos olhos, isso é muito belo
abraço
oi Mirze
a obra é de um grande amigo, o Paulo Vieira
também me impressionou muito
abração mana
Assis, obrigado amigo
Djavan é mestre das palavras
pinta "milagens"
abração
poema bonito, Marcos! de imagens que nos convidam a demorar um tanto mais o olhar...
abraço pra ti
Obrigado Andrea
os olhos estão mais para portas do que janelas...
abs
pizano meu caro, acabei de lançar um livrinho com versos e desenhos meus. por coincidência, no prefácio, que o ziraldo fez, ele cita djavan.(que é citado aqui em um de seus comentários)manda de novo seu endereço pro meu email: acessovieira@gmail., para eu te mandar um livrinho,ah!... gostei de ver meu desenho aqui no seu blog! E gostei muito do poema!
paulo vieira
grande Vieira
sua obra é instigante...inspiradora
assim é desde o primeiro quadro que vi em Caratinga, quando vc tinha por volta de 18 anos... lembra?
e você só melhorou, irmão
amadureceu
(já já mando o endereço para vc enviar seu último filho)
saudoso abraço
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