chova uma palavra
que granize esfole corte
ventile única palavra
que mude falas cegue bengalas
inflame e zangue terçol
derreta sol em sangue
raie a palavra
marreta constructa
trova(ão) de rima surda
que urda mínima greta
discreta quase secreta
por onde a dor supure
arrepele depure aclimate
que nela me mate me enterre
me replante
para adiante
adubar o que fica da poesia
Poema publicado na Tertúlia Pão de Queijo.
8 comentários:
Eita que coisa bonita. Será que um dia eu vou brincar assim com as palavras e elas vão virar poesia?
(Ainda tenho que tirar água de pedra até poder fazer isso!)
Beijo sempre carinhoso.
oi Kenia
você tira sereno das pedras
você é leve e brilhante
bom ter você aqui comigo
abs mana
Eis a perfeição! A palavra é poderosa e você a usa com maestria...
Um poema irrigadíssimo!!!
Beijão!
Excelente!
Marcos, a palavra é astuta. Quando se aconchega em poetas como você, não tem vento, nem trovão que a derrube.
Vai ficar sempre à espreita da poesia que sabe que vai brotar.
LINDO DEMAIS!
Beijos
Mirze
Aqui a tua palavra fez tudo isso: arranhou, esfolou, cortou...fez chover rs...
Poema lindo.
Beijão!
tem razão
há uma aura de magia
a palavra é poderosa
a serviço da poesia
abs Adriana
Mirze
ela brota sim, soberana
a palavra natureza
natureza humana
abs mana
ela fere e cura
não necessariamente nesta ordem
bom tê-la aqui Daniela
abração
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