em tua voz o
fascínio floresce mais
os letreiros
cantam: fica!
de sons de
máxima cor
sonhamos inimagens
sondas
olhares em suaves ondas
ideias
estéreis
artificiais
que jardim é
esse ao redor?
nada mais cresce
nenhum abraço
colo calor
um beijo de
boa noite sequer
a voz
insiste: fica!
e o tempo
passa e enruguece
praga que pela
a pele
a terra
fenece
sem porquê
sangra
resseca enrudece
e a bela ainda
mais se oferece: fica!
encanta a
feia rosa morta no buquê
sozinha
que - se -
nos - abandona
erva daninha
mas, não
não mesmo
agora
poemar é
desasozinhar-se
portanto, cato
o controle da tevê
e digo: não fico!
parece
mas, na
serra
não está só
a flor do ipê