sábado

Lixo

rima tosca verso brega 
em palavra escusa 
escuro escombro escória 

da boca que se esfrega 
da mão atrevida 
sem gênero 
difamatória 

mendiga que não pede 
putana de beco que não se vende 

dá 
por convicção 

sem regra seta meta 
não rende 
não promete 
não cumpre não se entrega 

esta palavra é lixo do sistema 
não vale o descarte 
e por isso é livre 
é arte 
é poema

11 comentários:

Rafael Conti disse...

Lindo, Pizano. Quem vive como lixo sabe viver.

Unknown disse...

é liberdade e arde,



abração

Primeira Pessoa disse...

será que eu bebi, ou ja tinha lido este poema seu?

sim, eu bebi.
mas o poema...

feliz 2013, marquinho.
seguimos juntos.

beijão,
r.

na vinha do verso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
na vinha do verso disse...

ô Rafael, bom ver vc aqui
fico feliz por ter gostado

esta é uma casa só de poesia
que vc encontrará sempre de páginas abertas

abração

na vinha do verso disse...


e quanto mais subjugada
mais ardido é seu chor(o)ume
de libedade

amigo Assis
abração

na vinha do verso disse...

sim bebeu

já bebeu deste poema sim Beto

tava lá na Tertúlia

é que nesta época a gente sempre pensa no futuro
é bom
mas fica melhor se lembramos
quem somos
e de onde partimos

poesia a se descartar
a se libertar

um 2013 de encontros!!!

Rafael Conti disse...

Poesia é a melhor maneira de traduzir a vida.
Visitarei mais vezes estas páginas.

Abraço.

Aline /B. disse...

Eu já ia dizer que desconfiava que eu tinha bebido junto com "Primeira Pessoa"... Mas vc me tirou este delírio, Pizano, rs.

E é bom poder embriagar-me várias vezes do mesmo poema! ; ]

Abraços!

na vinha do verso disse...

Rafael,

ela permite transcender
ilimitar-se

abs


na vinha do verso disse...


a cada novo gole
a embriaguez se aprofunda rsrsr

abs Aline