quinta-feira

Insone


em meu tormento
a frouxa torneira
resmunga birrenta
a arrogância do tempo


nem o sono nem o amanhã
me socorrem neste instante
em que a vida pontua sua fuga
com o mar que desvai gotejante

2 comentários:

Maria Paula Alvim disse...

tem horas que é preciso dar tempo ao tempo pra abstrair de gotejares: torneira, mar e vida. Muito bonito, Marcos.
( onde vc consegue essas imagens tão super que ilustram seus poemas?)

na vinha do verso disse...

Oi Maria Paula, obrigado
São imagens construídas a partir de fragmentos, pequenos detalhes, que são trabalhados em contextos diferentes. Mas, a qualidade não está boa. Túlio, meu filho, vai me ajudar a melhorar...

agradecidos abraços