quarta-feira

Estilhaços

saio de seus versos
recolhendo meus restos

caio no mais longo dos dias
céu turvo ar vácuo mão de adeus

mas há conforto no lírico porto
replanto e rego a lágrimas
cada caco morto que cato
e volto a amar baixinho
comentando o poema “Das cicatrizes seculares”, de Líria Porto, publicado no sítio Tertúlia Pão de Queijo.

3 comentários:

Maria Paula Alvim disse...

que bonito, Marcos. Tenho pra mim que a dor inspira mais que a alegria, pq ela é mais funda, coisa de âmago mesmo. Como diria uma grande amiga: dói, arde, mas passa.
Líria vai adorar o diálogo, tenho certeza.
Beijo

líria porto disse...

nossa - até arrepiei - obrigada, seu moço - besos

Primeira Pessoa disse...

marquinho, poema lindo, meu véio.
ô, falo sempre: a técnica da escrita, sem sentimento, é um buraco no escuro.