sexta-feira

A última lágrima


você sai pro seu jamais
leva um amor antigo
você vai e deixa mais
sem jeito o ar comigo

vai negar que amou-me
o mais belo amor
sim eu sempre soube
bem ou mal eu soube sim

ao mentir olhe pro além
suspire e se acalme
eu seguirei sem ter você
até que o vinho acabe

desviou tanto os olhos
que nem viu cair
a última lágrima

você vai eu sei
goodbye  

16 comentários:

na vinha do verso disse...

o poema é inspirado na canção anexada

Ella Fitzgerald inperpreta "Every time we say goodbye", obra prima de Cole Porter numa gravação insuperável... que me marcou muito

não é tradução nem versão... é uma brincadeira apenas

mas se você quiser se divertir, dá até para cantar junto rsrrs

é um atrevimento, sem dúvida nenhuma

Anônimo disse...

que demais pai!!adorei,cantei,procurei a cifra na internet!parabééns!
Laís

Ana Ribeiro disse...

O problema é o vinho... ele sempre acaba...
Abraço,
Ana Ribeiro

Unknown disse...

quando é mesmo que se aprende a dizer adeus,


abraço

Camila Paula disse...

Maravilhosos- poema e canção! Que o vinho não se acabe enquanto houver coração...

na vinha do verso disse...

oi Ana, é verdade... então, que esteja em seu corpo pleno de aromas e sabores até a última gota... lágrima... rsrs

abs e obrigado pela visita

na vinha do verso disse...

e o aprendizado do ouvir, então... por vezes o vinho é que nos diz adeus, antes mesmo de abrir a garrafa... o amor parece mesmo obra de Baco...

abs Assis

na vinha do verso disse...

Macabea, a lágrima que escorre na parede da taça revela muito da densidade, viscosidade, maturidade do vinho... e as dos nossos amores, quando sobem as paredes de um quarto vazio... não são diferentes

um abração

Unknown disse...

Que coisa mais linda!

Poeta, parabéns! Pegou-me emocionada! Espero que esta tenha sido a última lágrima, mas se não foi, valeu pela leitura!

Beijos

Mirze

na vinha do verso disse...

ô Mirze, essa música realmente pega a gente... ela vai nos arrancar muitas lágrimas ainda, dentro e fora da taça

abração

MA FERREIRA disse...

Adoro gente atrevida! E este seu "atrevimento" ficou hiper bacana. Adorei.
Do poema e da Diva Ella Fitzgerald., e de vc, pelo seu talento em escrever tão lindamente.
bj
Ma

na vinha do verso disse...

é, Ma, a gente tem uma certa licença "para matar" mas é bem provável que tenha exagerado um pouco rsrsrsr mas foi feitiço do vinho - que é meu eterno comparsa e álibi...

obrigado pelo carinho

Anônimo disse...

Piza,

também fecho contigo, mas torço para que o vinho não se acabe no caminho! rs

seu blog também poderia se chamar, "in vino veritas" meu irmão...

forte abraço!
ft

na vinha do verso disse...

é verdade... é vinho...
rsrsrs

e tem uma vantagem
o vinho lida bem com o tempo
não o derrota
mas nele evolui e se demora

abs ft

Anônimo disse...

Esse desviar de olhos é proposital, é a prova de que haverá algo mais.
Saí dançando...

Parabéns!
Adriana Aleixo

na vinha do verso disse...

os olhos falam muito
até quando desviam

obrigado, Adriana