terça-feira

Doce uva

prefiro você no calor do vinho
mordente em seu tanino
em sua suave seiva que abraça

escolho você sensual taça
plena em três quartos
suor em treze graus
em lábio sedento

brindo o vinho que me entrega você
tontinha na medida
divina e obscena
uva madura elegante esguia
a dançar magia ao vento
poesia de alma serena

amor
doce colheita tardia

7 comentários:

Kenia Santos disse...

eu venho, mas sempre tenho a impressão de não parecer muito inteligente. No vinho a verdade, já dizia Plínio. Que verdade mais doce pode haver além do amor?

=*

na vinha do verso disse...

ô meu doce... num se avexe não
venha e comente
isso anima a gente

abs, Kenia

Pablo Rocha disse...

Muitoo bom!! Gostei demais da levada...

Meu aplauso a seus vinhos!

Pablo Rocha

Camila Paula disse...

Muito boa safra de vinho-amor! :D

Anônimo disse...

Degustei a sua lírica com um sorriso nos lábios. Não tem combinação mais perfeita - enologia é poesia, alma serena e colheita tardia.
No ponto, Marcos.
MPaula

Unknown disse...

Adorei a construção do poema!

É como falar de amor, vinho e época, sem ser meloso!

Beijos

Mirze

na vinha do verso disse...

como é bom ter com vocês esta partilha
das pequenas delicadezas da vida

um brinde